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A IMPORTÂNCIA DE JEJUAR
Jejuar não salva....
Jejuar é um assunto pessoal.
Jejuar é importante e útil na vida e no serviço cristão, mas não é algo que possa ser ordenado [ou induzido] [por outra pessoa] e não é algo pelo qual devemos julgar a condição espiritual de outros. O voto nazireu é uma ilustração disto. Deus não exigiu que o povo fizesse voto nazireu (exceto em poucos casos incomuns, como o de Sansão, Samuel e João Batista). Era um voto de livre arbítrio que um indivíduo fazia a Deus, além dos deveres requeridos pela Lei. O jejum tem essa natureza.
ADVERTÊNCIAS SOBRE O JEJUM
Jejuar não salva.
“9 ¶ E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este [publicano] desceu justificado para sua casa, e não aquele [fariseu]; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” (Lc 18:9-14 ACF)
Nesta parábola, o Senhor Jesus Cristo ensina que a salvação não pode ser alcançada por obras religiosas e boas intenções. O auto-elogiado fariseu deixou o templo numa condição não salva diante de Deus. O publicano arrependido foi salvo por se humilhar e buscar a misericórdia de Deus. Cristo não está trazendo luz aqui sobre a importância de jejuar, mais do que Ele traz luz sobre a importância de dizimar. Mas nem jejuar, nem dizimar, nem outro dever religioso podem justificar um homem diante de um Deus santo.
Não se deve jejuar para se exibir.
“16 ¶ E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt 6:16-18 ACF)
Deus odeia religião hipócrita, que é a tentativa do homem de parecer santo diante dos outros homens sem possuir a verdadeira santidade diante de Deus. Nesta passagem, Cristo recusa o tipo de jejum feito com o objetivo de parecer espiritual diante dos homens. Ainda, Ele não traz luz sobre a própria prática do jejum, quando feito adequadamente. De fato, Ele tem como garantido que Seus seguidores jejuarão. Ele não disse: “Se vós jejuares”, mas “QUANDO jejuares”. E Ele faz uma maravilhosa e definida promessa que os que praticam o jejum bíblico serão recompensados abertamente por Deus Pai.
Jejuar não deve ser um ritual religioso.
“Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” (Lc 18:12 ACF)
Esta é a declaração de um fariseu que praticava a religião numa tentativa de se justificar diante de Deus. Ele observava um período regular de jejum. No entanto, em nenhuma passagem a Bíblia requer tal prática. O jejum não deve ser simplesmente um ritual a ser observado uma vez por semana, ou uma vez ao mês ou antes da Ceia do Senhor, etc. O jejum é algo a ser praticado [somente] quando surge uma necessidade especial e quando o Espírito Santo inspira.
O jejum é inaceitável e sem efeito sem um direto relacionamento com Deus
“3 ¶ Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho. 4Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. 5 Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? 6 Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? 7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? 8 ¶ Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. 9 Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;” (Is 58:3-9 ACF)
“5 Fala a todo o povo desta terra, e aos sacerdotes, dizendo: Quando jejuastes, e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, porventura, foi mesmo para mim que jejuastes? 6 Ou quando comestes, e quando bebestes, não foi para vós mesmos que comestes e bebestes?” (Zc 7:5-6 ACF)
Deus repreende os jejuns hipócritas dos filhos apóstatas de Israel. Eles estavam obedecendo aos ditames da verdadeira religião, mas seus corações estavam longe de Deus e estavam vivendo em direta desobediência à Sua Lei. Nenhum dever religioso é aceitável diante de Deus que não proceda de uma vida regenerada e que não seja guiada pela Bíblia e pelo Espírito Santo.
O jejum bíblico não deve ser feito por questões de saúde física
Embora vários tipos de jejuns podem ou não promover melhor saúde, este não é o propósito da Bíblia para o jejum. Muitos livros cristãos populares enfatizam a importância de jejuar para o benefício físico, mas esse jejum não é bíblico Não podemos dizer se jejuar é bom ou não para a saúde e não podemos dizer se é correto ou errado jejuar por questões de saúde. Estamos dizendo simplesmente que a Bíblia não fala do jejum à luz da saúde.
Jejuar não é uma prática ascética
“20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: 21 Não toques, não proves, não manuseies? 22 As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.” (Cl 2:20-23 ACF)
Houve falsos mestres em Colossos que promoviam a idéia de que a espiritualidade seria adquirida por várias práticas ascéticas, seguindo-se uma lista de podes e não podes, feita por homens. Isto incluía certas regras dietéticas especiais e o jejum, como meio de negar o corpo. Os monges católicos romanos e gregos ortodoxos de certas ordens praticam esse tipo de coisa. Eles se mantêm à parte da interação normal com as pessoas; seguem regras rígidas de trabalho, dieta e meditação; observam períodos regulares de jejum, solidão e silêncio; punem seus corpos de vários modos, alguns inclusive fustigando seus próprios corpos com varas. Esta vida ascética é entendida como meio pelo qual os indivíduos monges podem desenvolver sua salvação e se aproximar de Deus. Os sacerdotes hindus e budistas também praticam ascetismo numa tentativa de atingir níveis elevados de espiritualidade em seus falsos sistemas religiosos.
O apóstolo Paulo advertiu contra este tipo de coisa. Nem a salvação nem a espiritualidade são obtidas pelo ascetismo. Pode-se receber o perdão dos pecados e a vida eterna através de um salvítico relacionamento com Cristo, através do arrependimento e da fé na morte de Cristo na cruz. E se cresce na prática da santidade andando na companhia de Cristo ressureto. Isto é o que o apóstolo Paulo lembrou aos cristãos de Colossos que estavam em perigo de serem iludidas pelos falsos ascetas. “8 Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; 9 Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; 10 E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade; 11 No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; 12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. 13 ¶ E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, 14 Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. 15 E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. 16 ¶ Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,” (Cl 2:8-16 ACF)
O jejum é uma parte importante da vida e do ministério cristãos, mas devemos ter cuidado de não pensar que a espiritualidade vem através da punição do corpo e da observação de vários rituais e leis dietéticas. A espiritualidade vem da comunhão- companheirismo com Jesus Cristo.
O jejum não garante que a oração será atendida.
Em 2Sa 12 temos o registro de como Davi jejuou e orou procurando que Deus preservasse a vida do filho que ele concebeu do relacionamento adúltero com Betseba. Deus não respondeu à oração nem honrou o jejum de Davi naquele caso específico. Isso nos lembra que jejuar, enquanto uma prática importante na guerra espiritual, não é uma garantia de que obteremos o que desejamos de Deus. A oração fervorosa junto com o jejum muitas vezes resulta na resposta que se busca de Deus, mas não é garantia absoluta. Deus é sempre soberano para responder à oração e devemos sempre nos submeter à Sua vontade.
Jejuar é um assunto pessoal.
Jejuar é importante e útil na vida e no serviço cristão, mas não é algo que possa ser ordenado [ou induzido] [por outra pessoa] e não é algo pelo qual devemos julgar a condição espiritual de outros. O voto nazireu é uma ilustração disto. Deus não exigiu que o povo fizesse voto nazireu (exceto em poucos casos incomuns, como o de Sansão, Samuel e João Batista). Era um voto de livre arbítrio que um indivíduo fazia a Deus, além dos deveres requeridos pela Lei. O jejum tem essa natureza.
A IMPORTÂNCIA DE JEJUAR
A importância de jejuar é vista nas inúmeras referências positivas no Antigo e Novo Testamentos. Há 30 exemplos positivos, comandos e instruções na Escritura sobre o jejum:
Juízes 20:26 -- Israel jejuou pela vitória na guerra.
I Samuel 1:6-7 -- Ana jejuou para ter um filho.
I Samuel. 7:6 -- Israel jejuou por [causa de] arrependimento.
1 Samuel. 31:13 -- Os homens de Jabez Gilead jejuaram lamentando por Saul.
2 Samuel. 1:12 -- David e seus homens jejuaram lamentando-se por Saul, Jônatas e os decaídos de Israel.
2 Samuel. 12 -- David jejuou pedindo misericórdia por seu filho [nascido de Bate-Seba].
1 Reis 21:27 -- Acabe jejuou [pedindo] por misericórdia.
2 Crônicas 20:3 -- Jeosafá e Israel jejuaram [pedindo] por ajuda e proteção
Esdras 8:21-23 -- Esdras e o povo jejuaram [pedindo] por ajuda e proteção
Neemias 1:4 -- Neemias jejuou e se lamentou [pedindo] por ajuda a Jerusalém.
Neemias 9:1,2 -- Israel jejuando em lamento e arrependimento.
Ester 4:16 -- Ester e amigos jejuaram [pedindo] por vitória.
Ester 9:3 -- Jejuar é mencionado como tendo tido um papel na vitória.
Salmos 35:13,14 -- Jejuar em oração e lamentação.
Salmos 69: 10,11 -- Jejuar em oração e lamentação.
Isaías 58:6-8 -- O jejum que agrada a Deus.
Jeremias 36:9 -- Israel jejuou [pedindo] por misericórdia.
Joel 1:14; 2:12,15 -- Deus ordenou jejum e arrependimento.
Jonas 3:5 -- Os ninevitas jejuaram em arrependimento [pedindo] por misericórdia.
Daniel 9:3 -- Daniel jejuou [pedindo] por sabedoria.
Mateus 4:2 -- Jesus jejuou quando tentado no deserto.
Mateus 6:17-18 -- Jesus prometeu que o Pai abençoaria o jejum.
Mateus 9:14-15 -- Jesus disse que seus discípulos jejuariam.
Mateus 17:21 -- O jejum é necessário para vencer algumas forças demoníacas.
Marcos 9:29 -- O jejum é necessário para vencer alguns baluartes demoníacos.
Lucas 2:37 -- Jejuar era parte do serviço [prestado por] Ana a Deus.
Atos 13:2 -- O jejum era parte do ministério dos servos [de Cristo] em Antioquia.
Atos 13:3 -- A ordenação [de pastores] era acompanhada por jejum.
Atos 14:23 -- A ordenação [de pastores] era acompanhada por jejum.
1 Coríntios 7:5 -- O jejum e a oração são a única razão adequada para a abstinência no relacionamento conjugal.
2 Coríntios 6:5 -- O jejum foi um modo como Paulo se aprovou como um ministro de Jesus Cristo.
2 Coríntios 11:27 -- Paulo jejuava com freqüência.
Esses exemplos e instruções sobre o jejum não podem ser considerados superficialmente. Sabemos que os exemplos das Escrituras são tão importantes quanto seus comandos diretos.
--1Co 10:11; Rom 15:4 -- e esses versos falam especificamente dos exemplos do Antigo Testamento. O Senhor Jesus Cristo é nosso Padrão (1Pe 1:21). O jejum de Cristo durante suas tentações no deserto é nosso exemplo, assim como Suas orações durante as tentações no jardim são nossos exemplos. Também sabemos que o apóstolo Paulo deve ser imitado - Flp 3:17; 4:9. Paulo coloca diante de nós o exemplo de jejum freqüente (2Cor 11:27).
O simples fato de que o Espírito Santo coloca diante do povo de Deus tantos exemplos positivos sobre o jejum, em si revela a importância de sua prática espiritual.
Jejum é um dos modos pelos quais um ministro de Cristo se aprova
“4 Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, 5 Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,” (2Co 6:4-5 ACF)
Aqui, o jejum é mencionado lado a lado com coisas como paciência, pureza e conhecimento. Paulo obviamente considera o jejum como uma parte muito importante do ministério.
O Senhor Jesus fez uma promessa definida sobre o jejum
Quando alguém jejua da maneira adequada por uma razão adequada, “17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt 6:17-18 ACF). Esta é uma das promessas mais maravilhosas na Bíblia e não pode ser desconsiderada superficialmente. Deus não faria tal promessa se Ele não considerasse o jejum importante. Cristo nunca desencorajou o jejum adequado. Ele condenou e corrigiu falsas práticas, mas Ele nunca desencorajou o jejum das Escrituras. De fato, Ele tinha como garantido que Seus seguidores jejuariam. Em Mat 6:17, Ele não disse “Tu ... SE jejuares”. Ele disse: “Tu ... QUANDO jejuares”
O Senhor Jesus disse muito claramente que Seus discípulos JEJUARIAM após Sua partida da terra.
“14 ¶ Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? 15 E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.” (Mt 9:14-15 ACF)
Jesus nunca desencorajou o jejum. Ele o praticou e disse a Seus seguidores que o praticassem. Como todos os aspectos da vida espiritual, Cristo corrigiu as falsas idéias e abusos que rodeavam o jejum, mas Ele não o desencorajou nem o tratou como algo menos importante.
Os servos escolhidos de Deus praticaram o jejum através dos séculos
Se o jejum fosse desnecessário ou pouco importante, a melhor parte do povo de Deus se iludiu enormemente em seu pensamento! Observe a mãe de Samuel jejuando enquanto outros festejavam (1Sa 1:6-7). Observe David, o homem segundo o coração de Deus, jejuando.Observe Esdras, Neemias, Ester e Mardoqueu, o rei Josafá, Daniel, Samuel, Ana, a profetisa, Paulo, todos jejuando. Observe o Senhor Jesus Cristo, Deus manifesto na carne, jejuando. Os cristãos de hoje que praticam o jejum por razões bíblicas estão em excelente companhia! É óbvio que o povo de Deus de todas as épocas que jejuaram sabiam de algo que os de hoje que não jejuam, ou que dizem que jejuar é desnecessário, ou que relegam a prática ao Antigo Testamento ou a um costume judaico, não sabem.
Jejuar e orar é a única prática espiritual que pode interferir com o aspecto físico do relacionamento conjugal.
“1 ¶ Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; 2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. 3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. 4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. 5 Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (1Co 7:1-5 ACF)
Deus adverte que os maridos e esposas devem cuidar de atender as necessidades físicas um do outro. Esta é uma das funções divinamente ordenadas do casamento: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” (1Co 7:2 ACF). Só uma coisa permite a quebra do relacionamento sexual regular entre os casais casados: e isto é o jejum e a oração. Novamente, notamos que a Bíblia não ordena que os cristãos jejuem mas entende como garantido que eles o farão e estabelece regras para a prática.
O jejum é essencial para a quebra de certos baluartes demoníacos.
“18 E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou. 19 Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 20 E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. 21 Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” (Mt 17:18-21 ACF)
Isto podia levantar a questão de se jejuar ou não é uma parte importante da vida cristã. O Senhor Jesus disse que esta é uma parte importante da guerra espiritual e aqueles que guerreiam contra os baluartes satânicos sabem que isto é um fato! Há realmente baluartes demoníacos que não podem ser quebrados por NADA além de orar E jejuar.
QUANDO DEVEMOS JEJUAR?
1. Jejue quando fortemente tentado (Mat 4:2).
2. Jejue quando a sabedoria é ansiosamente desejada (Dan 9:3).
3. Jejue quando a ajuda e a proteção são necessárias (Esd 8:21-23; 2Cro 20:3; Jer 36:9).
4. Jejue quando é desejada a vitória sobre baluartes demoníacos (Mat 17:21; Mac 9:29).
5. Jejue quando é desejada a vitória sobre situações que parecem impossíveis (Est 4:10-17; 9:31; Nee 1:4).
6. Jejue quando algo é ansiosamente desejado de Deus e a resposta não veio só pela oração (Isa. 1:6-7).
7. Jejue quando lamentando por entes queridos ou pela defesa do povo de Deus (2Sa 1:12).
8. Jejue quando novos ministros foram consagrados, e quando os homens saem a proclamar a Palavra de Deus, e contra os inimigos espirituais (Ato 13:2-3; 14:23).
9. Jejue quando envolvido em ministério espiritual (2Co 6:5; 11:27)
10. Jejue durante períodos de arrependimento especial, confissão, e reavivamento (Joel 1:14; 2:12; 2:15; Nee 9:1-2).
POR QUE JEJUAR É IMPORTANTE?
Jejuar é importante por causa das lutas espirituais (Mat 17:21).
Quando jejuamos, não estamos forçando Deus a fazer algo, mas estamos resistindo a forças e baluartes sobrenaturais. Alguém pode dizer: “Por que isto é necessário, se Cristo tem todo o poder”? Não sei a resposta a esta questão, mas sei o que Cristo disse: “Este tipo não vai embora senão por oração e jejum.”
Jejuar demonstra o fervor e desejo do coração (Heb11:6).
Deus vê o coração dos homens, mas a Bíblia diz que Ele requer evidência clara do desejo dos corações. “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR:Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.” (Jl 2:12 ACF)
Isto é visto na oferta de Isaque por Abraão. Deus sabia que Abraão O obedeceria e Lhe daria seu filho amado, Mas Ele exigiu que Abraão desse seqüência ao ato até o ponto de mergulhar sua faca em Isaque. Só então Deus disse: “Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” (Gn 22:12 ACF)
Jejuar pode ser visto como um modo de evidenciar o fervor e a sinceridade de nossos corações para Deus em matéria de oração. Podemos dizer que coisas como jejum não são necessárias já que Deus conhece nossos corações, mas exemplos como o de Abraão e seu filho mostram que Deus exige a evidência de nossa fé e fervor.
Jejuar ajuda a manter o corpo sob sujeição
“24 ¶ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. 25 E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. 26 Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. 27 Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (1Co 9:24-27 ACF)
O corpo continuamente deseja seguir seu próprio caminho. Seus apetites clamam por preenchimento e o processo de jejum é em si uma subjugação dos apetites corporais. O apóstolo Paulo sabia que grandes batalhas são vencidas através da vitória sobre pequenos conflitos e as guerras são vencidas em batalhas individuais. Daniel tinha primeiro que conquistar os pequenos conflitos de seus próprios apetites corporais como um jovem antes de poder conquistar a batalha maior de se recusar a obedecer à solene lei do rei sobre a oração, como um ancião. A vitória tinha que ser ganha sobre o alimento antes da vitória sobre os leões.
Esta é uma razão porque tão poucos membros comparecem às reuniões de oração. Muito freqüentemente não tivemos vitória de oração em nossas vidas diárias. Muito freqüentemente não temos o hábito regular de subjugar a carne para servir ao Espírito. A Bíblia diz que Eli, o sacerdote, era gordo (1Sm 4:18). Ele não subjugava seu desejo corporal ao alimento rico. A temida verdade era que sua falta de cuidado na área dos alimentos se disseminava para cada área de sua vida e ministério. Ele permitiu que sua necessidade física de sono lhe impedisse de manter a lâmpada do tabernáculo acesa durante a noite. A lâmpada se apagava a cada noite embora devesse permanecer acesa. Sua falha em subjugar seu próprio corpo era semelhante e ligada à sua falha em disciplinar seus filhos. Deus disse que Eli amava as ofertas de gordura tanto quanto seus filhos fracos (1Sm 2:29). Eli não estava cometendo imoralidade com as mulheres à porta do tabernáculo como seus filhos estavam, mas seu amor insubmisso por alimento e facilidade foi pernicioso ao seu ministério. Eli devia estar jejuando e trabalhando ao invés de festejar e se sentar!
UM JEJUM BÍBLICO DURA QUANTO TEMPO?
A Bíblia não estabelece uma duração específica de tempo, para jejuar. Daniel jejuou 21 dias. Ester e Mardoqueu jejuaram 3 dias e 3 noites. O Senhor Jesus jejuou 40 dias no deserto. Mas freqüentemente a Bíblia simplesmente não diz quanto tempo as pessoas jejuaram. Não sabemos, por exemplo, por quanto tempo Esdras jejuou antes de iniciar a jornada para Jerusalém (Esd 8:21-23). Jejuar é assunto da liberdade individual sob a direção do Espírito Santo. Pode ser uma refeição ou várias refeições, conforme a necessidade da hora e a direção de Deus. Romanos 14 fala desse tipo de coisa e diz: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.” (Rm 14:5 ACF)
O QUE É UM JEJUM BÍBLICO?
Novamente, não há diretrizes rígidas sobre jejum. No jejum de 21 dias de Daniel, sabemos que ele não comeu “nenhum pão agradável, nem carne, nem vinho” (Dan 10:3). Aparentemente, Daniel comeu alguma coisa, mas se absteve de comidas agradáveis. Deus não deu instruções específicas sobre jejum porque este é um assunto privado entre um indivíduo e o Senhor. Uma mãe que amamenta, por exemplo, não seria sábia se mantivesse sem alimento por período significativo, porque não somente ela depende desse alimento, mas também seu bebê. Deus prometeu: “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.” (Sl 32:8 ACF). Esta preciosa promessa se aplica ao jejum. Quando você deve jejuar? Por quanto tempo? Do que você deve se abster ao jejuar? Deus o guiará pessoalmente e claramente em todas essas coisas se você caminha em parceria com Ele.
Enquanto a Bíblia não descreve cada detalhe sobre o jejum, ela nos dá as seguintes diretrizes básicas, a seguir:
Abstinência de alimento e prazeres físicos normais(Dan 10:3; 1Co 7:5).
Observe novamente que Daniel não se absteve de alimento completamente, mas apenas de “pão agradável”. Neste exemplo vemos que há muitos modos de observar um jejum. Podemos nos abster completamente de todos os alimentos e bebidas ou nos abster apenas dos mais saborosos e prazerosos, como fez Daniel. O jejum das Escrituras é um assunto privativo e especial entre o indivíduo e Deus. Deus pode nos levar a observar um jejum de um modo num momento específico e de modo inteiramente diferente em outro momento. Algumas pessoas com problemas de saúde como o diabetes me perguntaram como podem jejuar. Acredito ser possível para tais pessoas jejuarem determinando diante de Deus se absterem de certos alimentos favoritos e prazeres durante um tempo específico.
Oração
“Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” (Mt 17:21 ACF).
O jejum bíblico está sempre ligado a uma atenção maior à oração e à comunhão com Deus. O jejum divorciado da oração não é um jejum bíblico.
Confissão de pecados
“3 E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. 4 ¶ E orei ao SENHOR meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; 5 Pecamos, e cometemos iniqüidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; 6 E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, como também a todo o povo da terra.” (Dn 9:3-6; leia todo o capítulo).
Exemplos bíblicos de jejum estão muitas vezes ligados a períodos de arrependimento especial e confissão de pecados.
Serviço a Deus (Is 58:6-8).
O jejum cristão é uma abstinência temporária de alimento e outros prazeres físicos para se concentrar num problema ou necessidade espiritual específica. Não é um ritual a ser realizado de maneira supersticiosa, esperando que o próprio ato de ficar sem alimento traria alguma forma de benção, mas é um período especial de devoção a Deus em oração e abstinência dos prazeres normais por um objetivo claro.
É IMPORTANTE JEJUAR?
Se jejuar é uma questão pessoal, algo não especificamente comandado por Deus, então é [o jejum] realmente importante? Não pode ele simplesmente ser deixado de lado? Não! O Senhor Jesus Cristo disse que há batalhas espirituais que não podem ser ganhas por NADA além de oração E jejum – não somente oração, mas oração E jejum. Isto significa que às vezes o jejum espiritual, bíblico é essencial para a vitória sobre o inimigo.
Paulo sem dúvida considerou o jejum essencial para a vitória no ministério e na vida. É duvidoso que ele tivesse alguma alegria estranha por ficar sem refeições.
O que ocorreria se tivéssemos que perguntar à Ana se o jejum é essencial? O que ela responderia? Claro que ela nos diria que jejuar é importante. Não foi através de oração com jejum que Deus lhe deu o filho que tanto ela ansiava?
E o que ouviríamos de Ester e Mardoqueu? Por que ela não convocou [apenas] uma reunião de oração ao invés de ter o aborrecimento de jejuar três dias e três noites? Sua resposta sem dúvida seria que só a oração nem sempre é suficiente. Há vitórias espirituais que não podem ser vencidas sem oração e jejum.
Esdras também, acrescentaria seu Amém à verdade que às vezes o jejum é essencial para a vitória. Por que ele simplesmente não reuniu o povo no rio de Aava para [apenas] algumas horas de oração, sem o sacrifício do jejum? Aparentemente, ele sentiu que era necessário jejuar assim como orar por segurança na viagem através daquelas perigosas terras. “Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações.” (Ed 8:23 ACF)
Mas o que têm a ver esses eventos tão antigos com cristãos que vivem nesses tempos ocupados e modernos? “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.” (1Co 10:11 ACF)
AS TRADUÇÕES INGLESAS MODERNAS COMBATEM A DOUTRINA DO JEJUM
As novas versões fazem um estranho ataque contra o ensino do jejum no Novo Testamento. Embora permaneçam algumas referências ao jejum, várias referências significativas foram removidas.
Mateus 17:21 -- A KJV “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” Este verso inteiro está omitido na Nova Versão Padrão Americana [NASV], a Versão Padrão Revisada [RSV], a Nova Versão Internacional [NIV], Nova Bíblia em Inglês, a Bíblia de Jerusalém e a tradução de Philips. A Versão Atual em Inglês [TEV] coloca o versículo em colchetes.
Marcos 9:29 -- A KJV tem escrito: “E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.” O texto Grego da Sociedade Bíblica, e as novas versões baseadas nesse texto, omitem as palavras “e jejum”. Isto é fato na NIV, NASV, RSV, Bíblia Viva, Phillips, Nova Bíblia em Inglês e a Bíblia de Jerusalém.
Esses dois versículos sobre jejum não são as únicas referências à doutrina nas Escrituras, mas elas são as únicas referências que especificam e diretamente ensinam a importância de jejuar como um aspecto da guerra espiritual. Aqueles que lutaram batalhas espirituais contra os baluartes das trevas conhecem a preciosa verdade que Jesus está dizendo nessas passagens. A oração é um poderoso recurso espiritual, mas Há baluartes demoníacos que não podem ser quebrados somente pela oração sem o jejum. É um fato e é uma parte da Bíblia!
Remover essas referências da Bíblia é loucura e um mal. É o mesmo que remover parte do armamento essencial do equipamento de um soldado antes de enviá-lo à batalha.
A evidência textual que apóia essas referências sobre jejum é esmagadora. É amplamente um assunto da grande maioria do testemunho textual, por um lado (que apóia as leituras sobre o jejum) contra o testemunho, superficial, questionável, dos dois manuscritos preferidos por Westcott e Hort: Vaticanus e Sinaiticus.
Pessoalmente, eu exijo um testemunho muito mais forte que este, antes de permitir que alguém remova essas Escrituras abençoadas da minha Bíblia. De fato, você não as retirará da minha Bíblia, obrigado! Considero essas referências tão importantes espiritualmente que só a remoção dessas duas passagens me demonstram o erro de seguir os princípios textuais de Westcott-Hort que permitem que os manuscritos Sinaiticus e Vaticanus derrubem o testemunho de multidões de outros testemunhos.
Há quatro passagens que falam sobre a doutrina do jejum que são removidas nas novas versões:
Atos 10:30 -- Aqui lemos na versão King James (e muitas das antigas traduções protestantes em vários idiomas) que Cornélio jejuava e orava. As novas versões, seguindo a direção do texto de Westcott-Hort, removeram a palavra "jejuando". Isto é fato para as versões RSV, NASV, NIV, Bíblia Viva, TEV, Nova Bíblia em Inglês, Bíblia de Jerusalém, a Nova Versão Berkeley e Phillips.
1 Coríntios 7:5-- A KJV tem escrito: “Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (1Co 7:5 ACF). Novamente, voltando-se contra a maioria dos testemunhos textuais, as novas versões removem o jejum dessa importante passagem. Isto é fato para todas as versões que verificamos, como mencionadas acima.
2 Coríntios 6:5--Aquilo que está escrito na KJV, "jejum," foi mudado nas novas versões para “fome”. Obviamente, fome e jejum são duas coisas diferentes. Em 2Cor 11:27, onde o apóstolo Paulo dá uma lista de alguns aspectos do seu ministério, ele menciona ambos: fome e jejum. Vemos por isso que o Espírito Santo não está usando esses termos como sinônimos. Este, portanto, é um outro ataque à doutrina bíblica do benefício espiritual de jejuar.
2 Coríntios 11:27--A KJV tem escrito “jejuns freqüentes” é substituído nas novas versões por “freqüentemente sem alimento”. O comentário sobre 2Cor 6:5 acima, aqui também se aplica. Estar com fome e seguir sem alimento não têm que estar ligados à vida e guerra espiritual. Seguir sem alimento não é necessariamente jejuar. Mudar essa leitura sem uma avassaladora prova de que os tradutores da King James estavam errados – prova que os modernos tradutores não têm – é muito perigoso. Na KJV se lê: “em fome e sede, em jejuns freqüentes”. Uma clara distinção se faz entre o Paulo faminto (muitas vezes sofrendo por falta de alimento) e seus freqüentes jejuns espirituais. Se, nessas duas passagens, o Espírito Santo se refere às batalhas espirituais do apóstolo, ao jejum espiritual, o que é mais provável já que se faz uma distinção, então os tradutores modernos fizeram um grande mal removendo esse ensinamento em suas versões.
Quando a leitura desses seis versículos é feita em conjunto, aparece um padrão definido de ataque nos novos textos e versões gregas sobre a doutrina do jejum como uma arma espiritual. E isto é ainda mais sério diante do fato de que fomos alertados nas Escrituras de que a guerra espiritual vai crescer em intensidade à medida que se aproxima o retorno de Cristo. “3:1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” “3:13 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” (2Tm 3:1,13 ACF) . Não se iludam, queridos amigos cristãos, por aceitar uma versão da Bíblia que remova essas importantes armas espirituais da sua vida.
O fato é que HÁ baluartes demoníacos que não podem ser quebrados sem o jejum bíblico. Enquanto as igrejas estão festejando, o demônio opera ferozmente.
Já experimentamos esta verdade. Houve momentos em que estivemos a ponto de total desespero em nosso ministério no país idólatra do Nepal. Lembro-me dessa experiência no início de nosso trabalho lá. Parecia que uma escuridão impenetrável se mantinha diante de nós. Estávamos proclamando o Evangelho a alguns hindus que mostraram interesse. Muitos estavam vindo às reuniões e alguns fizeram profissão de fé. Mas nenhum idólatra se arrependeu dos seus pecados e de sua idolatria e nasceu de novo.
Os problemas estavam caindo sobre nós de várias origens, com potencial para dar fim ao nosso ministério naquela terra difícil. A associação ecumênica nacional levantou calúnia sobre nós e se reuniu para um total boicote ao nosso ministério. Nosso trabalho era ilegal e estávamos em perigo constante de ser condenados pelo governo de Nepal. Parecia que nosso desejo de estabelecer uma igreja que glorificasse a Jesus Cristo, em Nepal, nunca seria satisfeito.
Determinamos ter um tempo de oração com jejum. Era a primeira vez, realmente, que eu tinha praticado isto com intenção tão séria, e devo admitir que não achei fácil. Logo depois um amigo de Nepal veio à nossa casa e foi salvo em nossa sala, logo depois que o encontramos. Então ele levou um amigo a Cristo e esse amigo levou a irmã a Cristo. Todos eles mostraram evidência real de arrependimento. Eles pararam completamente com a idolatria e começaram a servir ao Senhor Jesus Cristo, apesar de muitas perseguições. Logo outros foram salvos, e o Senhor trouxe um evangelista fiel para juntar forças conosco como um muito necessário cooperador no ministério. Hoje, aquele grupo cresceu em meio a muita dificuldade e pobreza e se tornou uma viva igreja do Novo Testamento. Ela tem sua própria liderança, paga suas próprias contas, e tem uma zelosa visão evangelística missionária. Todos os primeiros convertidos ainda estão servindo ao Senhor, hoje, muitos em posições de liderança.
Oração com jejum é uma parte normal do ministério daquela igreja. A vitória teria sido ganha sem o jejum? Não conforme o testemunho do Filho de Deus. Ele disse: “Este tipo só vai embora com oração e jejum.”
Os obstáculos que enfrentamos naquela terra pagã eram obstáculos sobrenaturais. As Escrituras levantam as cortinas que escondem o reino sobrenatural de nossos olhos e identifica nosso adversário. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Ef 6:12 ACF)
Muitas outras ilustrações poderiam ser dadas, mas esta é suficiente. Vimos o que diz a Palavra de Deus. Vimos o exemplo do povo de Deus de todas as épocas. Vimos o exemplo do Filho de Deus. Devemos enfrentar essas coisas e perceber que o jejum espiritual é muito importante na vida de nosso ministério cristão e é uma prática urgentemente necessária em nossos dias.
Sentimos o poder do inimigo. Ouvimos seu temido rosnar. E acreditamos na advertência do Senhor Jesus Cristo e nos muitos exemplos das Escrituras infalíveis. O jejum espiritual é essencial.
Glória a Deus pela certeza da promessa da Bíblia: “17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt 6:17-18 ACF)
Autor: David Cloud
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Tradutora: Jeanne Rangel