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"A pessoa Vitoriosa," "procura ter amor sem cair no sexo, a pessoa moderna procura ter sexo sem cair no amor.
Tudo que precisamos é buscar aquela graça, pois é ela que nos habilita a alcançar todo potencial que o Criador pôs dentro de nós. E isto se aplica também ao sexo.
Numa época em que a permissividade e a promiscuidade sexuais prevalecem, é imperativo para nós cristãos reafirmarmos nosso compromisso com o ponto de vista bíblico acerca do sexo como uma dádiva divina para ser desfrutada somente dentro do casamento.
As Escrituras Sagradas nos revelam a importância e função do sexo Por- Samuel Bacchiocchi
Durante grande parte da história Cristã, sexo tem sido "desculpado" como um mau necessário para se produzir crianças. Antes da revolução sexual de nosso tempo, chamar uma moça de "sexy" teria sido um insulto. Hoje em dia muitas moças aceitariam este adjectivo como um elogio. "A pessoa Vitoriana," escreve Rollo May, "procura ter amor sem cair no sexo, a pessoa moderna procura ter sexo sem cair no amor." A Visão Bíblica do Sexo A atitude da sociedade com relação ao sexo tem verdadeiramente deixado um extremo para outro. Da visão puritana do sexo como um mal necessário para procriação, temos vindo à visão popular-playboy do sexo como uma necessidade para recreação.
Da idade do aviso "cuidado com o sexo," nós temos vindo a idade do grito "UH! quero sexo." Homo-sapiens tem se tornado homo-sexuais, carregado de motivações sexuais e técnicas. Ambos extremos estão errados e desmoronam em cumprir a intenção de Deus e função do sexo. O passado negativo do sexo fez com que pessoas casadas sentissem culpadas sobre suas relações sexuais; a presente visão de tolerância sexual torna as pessoas em robôs, capazes de se engajarem em muito sexo com pouco significado ou mesmo por diversão. Apesar do aumento de livros sobre técnicas de fazer-amor, mais e mais pessoas estão dizendo aos seus conselheiros: "Nós fazemos muito amor, mas não é muito bom. Nós encontramos pouco significado ou mesmo apenas diversão nisto!" Parte 1- Atitudes do Sexo no Passado. Antigo Israel. O povo hebreu entendeu e interpretou a sexualidade humana como um dom positivo da parte de Deus.
Eles não foram afectados pelo, mais tarde, dualismo Grego entre espírito e matéria que considerava o intercurso e mal, "carnal" algo para ser evitado se possível. Semelhante pensamento era estranho aos Hebreus que viam o sexo dentro do casamento como algo bonito e prazeroso. Um casamento era momento de grande celebração, parcialmente porque isto marcava o começo da vida sexual do casal. O par de noivos se retiravam para a tenda nupcial ou aposento no fim das festividades para fazerem amor juntos enquanto deitados num lençol branco e limpo. Sangue no lençol indicava que a noiva tinha sido virgem e provinha evidencia da consumação do casamento (Deut. 22:13-19). O recém noivo era até dispensado de participar na guerra em ordem de poder estar com sua noiva (Deut. 20:7).
Isto indica que os antigos Hebreus tinham uma sadia atitude em relação ao sexo. Eles viam isto como um dom divino que dava prazer às pessoas envolvidas enquanto provinha meios para a propagação da raça. O Clássico exemplo de exaltação da sexualidade humana é encontrado em Cantares. Este livro tem sido sempre uma fonte de embaraço para os Judeus e Cristãos. Alguns interpretes, como Sebastian Castellio, tem visto o livro de Cantares como uma descrição obscena do amor humano que não pertence ao cânon Bíblico. Outros, como Calvino, tem defendido a inclusão do livro no cânon por interpretá-lo como uma alegoria simbolizando o amor de Deus por Seu povo. O livro, no entanto não é uma alegoria. É uma romântica celebração da sexualidade humana.
De acordo com algumas tradições, porções do livro eram cantadas durante o intercurso sexual. Quando os Hebreus vinham para a terra de Canaã, eles eram expostos ao mal e excessos dos cultos da fertilidade associados com a adoração de Baal, que incluía prostituição sagrada. Para corrigir estas perversões, vários regulamentos foram dados. Haviam restritas proibições, por exemplo, contra revelar em público as "partes privadas" (Gên. 9:21- Sam 6:20), incesto (Lev. 18:6-18; 20:11-12,14,20; Deut. 27:20,22), bestialidade (Lev. 18:23; 20:15-16), homossexualidade (Lev 18:22, 20:13), e vários tipos de "irregularidades" (Ex. 22:16; Lev 19:20,29; 15:24; 18:19; 20:18; Deut. 25:11).
Em toda parte, contudo, os Judeus tinham uma visão saudável do sexo, embora eles viam primariamente em termos de função reprodutiva. Novo Testamento. No tempo do Novo testamento, encontramos o começo de duas atitudes extremas com relação ao sexo: licenciosidade e celibato. Alguns interpretam a liberdade do Evangelho como liberdade para se engajar livremente em relações sexuais fora do casamento. Judas fala de "homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus" (Judas 4). Pedro previne contra a sedução dos falsos ensinadores que tinham "olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar" (2 Pedro 2:14).
O problema da permissividade sexual e perversão, pelo qual se tornou tão público na igreja de Corinto que Paulo abertamente repreende aqueles que se envolveram em incesto e adultério (1Cor. 5:1, 6:16-18). Outros Cristãos foram influenciados por ideias filosóficas Gregas que viam qualquer coisa relacionada com o aspecto da vida como mal. Desde que o acto sexual envolve o contacto "carnal" e prazer, era então encarado como um mal herdado. Este pensamento prevaleceu no mundo Grego-Romano, e exerceu considerável influência entre alguns Cristãos. Em Corinto, por exemplo, haviam alguns Cristãos que, para com os que não casaram, estes deveriam permanecer solteiros e aqueles que forma casados deveriam se abster da actividade sexual (1Cor. 7:1-5, 8-11, 25-28).
Paulo responde para aqueles "devotos" crentes afirmando que era certo e apropriado para as pessoas casadas envolverem-se em actividades sexuais: "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido....Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo...e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência" (1 Cor. 7:3,5). Paulo aconselha os solteiros e viúvas a continuarem assim (1 Cor. 7:8, 25-26). Sua razão, contudo, não é baseada em razões teológicas mas em considerações práticas, nomeadamente, na necessidade de evitar o "peso" (fardo) de uma família durante as perseguições dos tempos finais que Paulo acreditava iria em breve surgir (1 Cor. 7:26-31). O conselho de Paulo não reflecte uma visão negativa da sexualidade porque seu conselho era baseado exclusivamente sob considerações praticas.
Isto é indicado pelo seu conselho, "é melhor casar do que abrasar-se.... Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca" (1Cor. 7:9,28). Igreja Cristã. A visão negativa da sexualidade, já presente na forma embrionária nos tempos apostólicos entre alguns Cristãos, desenvolveu-se em sua totalidade durante a igreja primitiva, moldando as atitudes sexuais dos Cristãos até os tempos modernos. Esta visão pode ser traçada na antiga filosofia grega, especialmente quanto ao pensamento Platónico que via o homem com duas partes: a alma, que é boa, e o corpo, que é mal. Semelhante pensamento dualista influenciou o Cristianismo através do movimento conhecido como o Agnosticismo. Este movimento herético ensinava que tudo importava, incluindo o corpo humano, que era mal. Somente uma faísca do divino no homem (alma) era boa e através de um conhecimento especial (Agnóstico) tal faísca poderia ser libertada do corpo humano e retornar ao domínio divino. Assim, salvação era entendido como a libertação da alma de sua casa-prisão do corpo. Este ensino dualistico influenciou grandemente o pensamento Cristão através dos séculos ao ponto de muitos cristãos gradualmente abandonarem a visão Bíblica da ressurreição do corpo, substituindo isto com o conceito Grego da imortalidade da alma.
O erro fundamental desta visão, que um grande número de estudiosos tem rejeitado como sendo não bíblica, e que sua suposição prevalece, é má e tem que ser destruída. Semelhante visão é claramente rejeitada por aqueles textos Bíblicos que ensinam esta matéria, incluindo o corpo humano, é sim produto da boa criação de Deus (Gen. 1:4, 10, 12, 18, 21, 25, 31). O Salmista declara: "Pois possuíste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Salmos 139: 13-14). A adopção da noção Grega não bíblica do corpo humano como intrinsecamente má tem te levado muito Cristãos através do séculos a uma atitude deturpada em relação ao sexo. Seus efeitos ainda persiste assim como muitos hoje ainda estão apreensivos sobre suas relações sexuais, vendo isto como algo manchado pelo pecado. O Papel de Agostinho. O pai da igreja que tem moldado as atitudes negativas em relação ao sexo mais do que qualquer outra pessoa foi Agostinho (354-430). Ele refere as inclinações sexuais e excitação num plano onde nem sempre é controlado racionalmente como resultado do pecado. Ele especula que se o pecado não tivesse entrado, o intercurso marital seria sem a excitação do desejo sexual. O sémen masculino poderia ser introduzido dentro o útero da esposa sem o aquecer da paixão, de uma forma natural, semelhante ao corrimento menstrual do sangue provindo do útero.
Como resultado do pecado, o acto sexual é agora acompanhado pelo poderoso impulso que Agostinho chamou de concupiscência, ou lascívia. A satisfação da sensualidade através do intercurso, foi para ele, uma necessária maldade para assim trazer crianças ao mundo. Não obstante, Agostinho iguala o pecado original com o acto sexual e sua perversidade, pois o acto é o canal pelo qual, pensa ele, a culpa da primeira transgressão Adão é transmitida do pai ao filho. Por fazer o acto sexual os meios onde o pecado original é transmitido, Agostinho fez do sexo por prazer, uma actividade pecaminosa. Esta visão necessitava da administração do baptismo imediatamente depois do nascimento para remover a mancha do pecado original da alma do novo bebe nascido. A principal falácia desta visão é a redução do pecado original a um factor biológico do qual pode ser transmitido como uma doença infecciosa através do intercurso sexual.
No entanto, nas Escrituras, o pecado é volátil e não biológico. É uma obstinada transgressão de um princípio divino (1João 3:4), e não uma infecção transmitida através de um contacto sexual. O que pode ser transmitido não é a culpa do pecado, como Agostinho acreditava, mas sua punição. Culpa é a transgressão pessoal de um princípio divino, que não pode ser imputado sobre uma terceira partido. O castigo de nossos erros, portanto, também pode ser passado em termos de/ou más tendências hereditárias. As Escrituras nos diz que Deus visita " a iniquidade dos pais sobre os filhos dos filhos, até a terceira e quarta geração" (Ex. 34:7). No caso do pecado de Adão, o que tem passado pela humanidade são as consequências da sua punição, que inclui más inclinações e morte. Estas consequências não podem mecanicamente removidas através do baptismo infantil.
Pecado Original. A noção do pecado original é derivado primariamente de Romanos 5:12 onde Paulo diz que "por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também, a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram." Nesta declaração o apóstolo afirma simplesmente o facto da humanidade partilhar o pecado de Adão e morte. Ele não faz uma tentativa de explicar como isto acontece. Ele não faz alusão a procriação sexual como um canal pelo qual a humanidade tem se tornado participantes do pecado de Adão e morte. O contexto claramente indica que a preocupação de Paulo é afirmar a verdade fundamental que a desobediência de Adão tem feito de nós pecadores e a obediência de Cristo tem nos feito justos: "Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos." Rom. 5:19.
O conceito pelo qual Paulo aplica para estabelecer a conecção entre o pecado de Adão e da humanidade não é de transmissão biológica do pecado através da procriação sexual, mas da solidariedade incorporada. Assim como o pecado de Acan se tornou o pecado de sua casa, porque seus membros partilharam em uma solidariedade incorporada com ele (Jos. 7:24), também o pecado de Adão se tornou o pecado da humanidade porque seus membros partilharam em uma solidariedade incorporada com ele. Este argumento Paulino não provem concordância à tentativa Agostiniana em igualar o pecado original com o excitamento sexual e a relação. A associação Agostiniana do pecado original com o sexo tem sido largamente aceita através da história Cristã, condicionando as atitudes sexuais não somente dos Católicos Romanos mas também dos Cristãos em geral. Tal como Derrick Baily aponta, "Agostinho tem que suportar não pouca medida de responsabilidade pela insinuação dentro de nossa cultura pela ideia que ainda é grandemente aceite, que o Cristianismo aponta a sexualidade como algo peculiarmente manchado com o mal." 3 E parte, como uma reacção a esta negativa visão do sexo como um mal necessário para a propagação da raça humana, uma diferente e completa visão do sexo bem orientada e prazerosa tem vindo a surgir.
A revolução sexual de nosso tempo tem glamorizado uma devassidão sexual e bravura, ridicularizando o castigo do sexo como uma melindrosa superstição. As catastróficas consequências da revolução sexual pode ser vista nos sempre crescentes casos de divórcios, abortos, incidentes de incesto, abuso sexual de crianças, e a perda da verdadeira função do sexo. Pela luz desta dolorosa realidade, é imperativo para os Cristãos entender o significado Bíblico da função do sexo. Parte II A Visão Bíblica do Sexo . O livro de Génesis é o ponto de partida lógico para nossa indagação dentro da visão Bíblica do sexo. A primeira declaração relacionada com a sexualidade humana é encontrada em Génesis 1:27: "E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou." É de notar que enquanto depois de cada acto da criação, a Escritura diz que Deus viu que "era bom." (Gén 1:12, 18,21,25), depois da criação da humanidade como macho e fêmea, viu Deus que "era muito bom" (Gén. 1:31). Esta divina avaliação inicial da sexualidade humana como "muito bom" mostra que as Escrituras vê a distinção de macho/fêmea como parte da bondade e perfeição da criação original de Deus. Imagem de Deus. É importante notar também que a dualidade sexual humana como macho e fêmea é relacionada explicitamente a imagem de Deus. Teólogos tem longamente debatido a possibilidade da natureza desta relação. Se bem que a Escritura destingue o ser humano de outras criaturas, teólogos tem usualmente pensado que a imagem de Deus na humanidade refere-se as faculdades racional, moral e espiritual que Deus tem dado ao homem e mulher. Este é uma interpretação válida pois estas faculdades destinguem o humano masculino e feminino das criaturas inferiores. Há, no entanto, outra forma possível em que o humano masculino e feminino reflecte a imagem de Deus, nomeadamente na capacidade de um homem e uma mulher viver uma unidade de convívio semelhantes aquele que existe na trindade. O Deus da revelação Bíblica não é um ser solitário que vive nas alturas pela eternidade mas em companheirismo de Três Seres tão íntimos e misteriosamente unidos que nós adoramos eles como um Deus. Esta misteriosa unidade em relacionamento de Trindade é reflectida como uma imagem divina no homem, não como um indivíduo solteiro mas como uma dualidade sexual de macho e fêmea, misteriosamente unidos em casamento como "uma carne."
A união amorosa do marido e esposa aponta para o amor que eternamente une os Três Seres da Trindade. Neste senso, constitui uma reflexão da imagem de Deus na humanidade. Um Deus Unisexo? Alguns teólogos interpretam a imagem de Deus, não em termos da similaridade da unidade-no-companheirismo, mas em termos de uma correspondência em distinções sexuais dentro de cada pessoa da Divindade. Paul Jewett articula esta visão dizendo: "Se temos que pensar em Deus como sexual, nós temos que pensar do divino como ambos feminino e masculino se este simbolizmo de Deus transmitir uma inteireza pessoal.
Deus torna-se ele/ela. Se não a atribuição de personalidade à Deus estaria deslineada ou fora de balanço. Um Deus puramente masculino seria intolerante como um humano puramente masculino, e o mesmo pode-se dizer ao puramente feminino." 4 A tentativa de transportar Deus para um ser unisex consistindo de características masculino e feminino, se não for propriamente qualificado, pode levar a uma desastrosa falsa representação de Deus da revelação bíblica. Enquanto é verdade que Deus não possui somente o masculino mas também as qualidades femininas, sendo que Ele compara Seu amor, por exemplo, ao de uma mulher pela sua criança que amamenta (Isa 49:15), o facto permanece de que a possessão das qualidades femininas não torna Deus um ser andrógino "ele/ela". Reconhecemos graus de variação de masculinidade e feminilidade em todas pessoas, mesmo assim nós não consideramos um homem que possui uma rara gentileza feminina como uma pessoa ele/ela.
O facto de que a Bíblia algumas vezes apresenta deus como nosso Pai (Jer. 31:9; Mat. 23:9), enquanto em outras vezes compara Deus a uma mãe que "grita" ou que compadece (Isa. 42:14; 49:15), não quer dizer que Deus é um Ser ele/ela andrógeno. É importante ver a distinção entre aquelas declarações que descrevem a pessoa de Deus (Deus é nosso Pai) e daqueles que descrevem as qualidades de Deus (Deus é como uma mãe que compadece e clama). A primeira identifica a pessoa de Deus, a última compara a compaixão de Deus a da mãe. Hoje, ambos liberais e evangélicos feministas estão reivindicando uma re-simbolização da Divindade baseando-se na impessoal ou numa categoria unisex.
Tal argumento é visto como o rimeiro passo indispensável para limpar o caminho a fim de eliminar o papel sexual e funcional das distinções no lar e na igreja. Para alcançar isto, eles advogam retirar o nome masculino de Deus, adoptando, invés, nomes impessoais como "paterno, Benfeitor, Poderoso, ou nomes andróginos semelhantes a "Pai-Mãe" para Deus e "filho-Filha" para Cristo. O resultado final de tais esforços não é meramente a mudança do rótulo para o mesmo produto, mas sim introduzir novos rótulos para uma mudança total de produto. A fé Bíblica nada sabe de um Deus andrógino, parcialmente masculino e parcialmente feminino. Qualquer tentativa de introduzir uma parte feminina da pessoa de Deus significa rejeitar o Deus da revelação Bíblica, aceitando em substituição, um fabricado pelas especulações feministas. Pela luz destas considerações, nós rejeitamos como anti-bíblico a tentativa de interpretar a imagem de Deus sendo masculino e feminino como indicação de distinções sexuais, dentro das pessoas da Divindade.
Deus transcende as distinções sexuais humanas, mesmo assim Ele escolheu revelar-se a Si próprio predominantemente através de termos e imagens masculinos porque o papel masculino dentro da família e igreja melhor representa o papel que Ele sustenta em relação a família humana. A imagem de Deus na humanidade tem que ser melhor vista, como já mencionamos, na forma racional, moral e espiritual, faculdades que De tem dado ao homem e mulher, bem como na capacidade do homem e mulher em viver uma unidade de companheirismo semelhante àquele que existe na Trindade. "Uma só Carne". O companheirismo íntimo entre homem e mulher é expresso em Gênesis 2:24: "Por isto deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." A frase "uma só carne" refere à união de corpo, alma e espírito entre cônjuges. Esta união total pode ser experimentada especialmente através da relação sexual, quando o acto é a expressão de amor, respeito e devoção genuínos.
A frase "tornando-se os dois um só carne" expressa a estimativa divina do sexo dentro da relação conjugal. Diz-nos que Deus vê o sexo como o meio pelo qual o marido e a esposa podem atingir nova unidade. É digno de nota que a imagem "uma só carne" nunca é usada para descrever a relação de uma criança com seu pai ou mãe. O homem precisa deixar seu pai e mãe para se tornar "uma só carne" com sua mulher. Sua relação com sua esposa é diferente de sua relação com os pais porque consiste de uma nova unidade consumada pela união sexual. Tornar-se "uma só carne" implica também que o propósito do acto sexual não é apenas procriativo (produzir filhos), mas também psicológico (satisfazendo a necessidade emocional de consumar nova relação de unidade). Unidade implica na disposição de revelar ao outro do modo mais íntimo seu eu físico, emocional e intelectual. Ao se conhecer do modo mais íntimo, o casal experimenta o significado de tornar-se uma só carne. A relação sexual não garante automaticamente esta unidade.
Antes consuma a intimidade de uma participação perfeita que já se desenvolveu. Sexo é conhecer um ao outro. Relações sexuais dentro do casamento permitem a um casal chegar a conhecer um ao outro de um modo que não pode ser experimentado de nenhum outro modo. Participar da relação sexual significa revelar não apenas seu corpo, mas também seu ser interior um ao outro. É por isto que as Escrituras descrevem a relação sexual como "conhecer" (ver Gênesis 4:1), o mesmo verbo usado no hebraico em referência a conhecer a Deus. Obviamente Adão tinha chegado a conhecer Eva antes de sua relação sexual, mas através dela chegou a conhecê-la mais intimamente do que antes. Dwight H. Small observa a propósito: "Revelação através da relação sexual encoraja revelação em todos os sentidos da existência pessoal. Esta é uma revelação exclusiva e única para o casal. Eles se conhecem como a ninguém mais. Este conhecimento único equivale a reclamar o outro num pertencer genuíno…
A nudez e a ligação física é simbólica do facto de que nada é oculto ou retido entre eles"2 O processo que leva à relação sexual é um de conhecimento crescente. Do conhecimento casual inicial ao cortejo, casamento e relação sexual, o casal cresce no conhecimento um do outro. A relação sexual representa a culminação deste crescimento recíproco e intimidade. Como Elizabeth Achtemeier o expressa: "Sentimos como que a mais oculta profundidade de nosso ser é trazida à superfície e revelada e oferecida um ao outro como a expressão mais íntima de nosso amor."3 A Bíblia condena o sexo fora do casamento. Uma vez que sexo representa a mais íntima de todas as relações interpessoais, expressando uma unidade de devoção completa, tal unidade não pode ser expressada ou experimentada numa união sexual casual na qual o intento é puramente recreacional ou comercial. A única unidade experimentada em tais uniões é a da imoralidade. Imoralidade sexual é grave porque afecta o indivíduo mais profunda e permanentemente do que outro pecado qualquer.
Como Paulo afirma: "Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer, é fora do corpo; mas aquele que pratica imoralidade peca contra o próprio corpo" (I Coríntios 6:18). Alguém poderá dizer que até a glutonaria e a bebedice afectam uma pessoa no interior do corpo. Mas esses pecados não têm o mesmo efeito permanente sobre a personalidade como o pecado sexual. Abuso no comer ou no beber pode ser vencido, bens furtados podem ser devolvidos, mentiras podem ser retractadas e substituídas pela verdade, mas o acto sexual não pode ser desfeito. Uma mudança radical, que não pode jamais ser desfeita, ocorreu na relação interpessoal do casal em questão. Isto não significa que pecados sexuais sejam imperdoáveis. A Bíblia nos assegura por exemplo e preceito que se confessarmos nosso pecado, o Senhor é "fiel e justo para perdoar todos os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:9). Quando Davi se arrependeu de seu duplo pecado de adultério e homicídio, Deus o perdoou (ver Salmos 51 e 32).
O sexo sem compromisso reduz a pessoa a um objecto. Sexo fora do casamento é sexo sem compromisso. Tais relações casuais destroem a integridade da pessoa por reduzir a outra a um objecto de gratificação pessoal. Pessoas que se sentem feridas e usadas depois de encontros sexuais podem se retrair completamente de actividade sexual de medo de serem usadas novamente, ou podem decidir usar seus corpos egoisticamente, sem consideração pelos sentimentos dos outros. De um modo ou de outro, a sexualidade é pervertida porque ele ou ela destruiu a possibilidade de usar sua sexualidade para relacionar-se genuína e intimamente com a pessoa que ama. Sexo não pode ser usado como divertimento com um parceiro uma vez e como modo de expressar amor genuíno e compromisso com outro parceiro noutra ocasião. A perspectiva bíblica de unidade, intimidade e amor genuíno não pode ser realizada em sexo fora do casamento ou em sexo com parceiros múltiplos. Noivos provavelmente dirão que estão expressando amor genuíno ao engajar em sexo pré-marital. De uma perspectiva cristã, noivos respeitarão um ao outro e considerarão o noivado como uma preparação para o casamento, e não como casamento.
Até assumir os votos matrimoniais, existe a possibilidade de romper a relação. Se um casal teve relação sexual, comprometeram sua relação. Qualquer ruptura subsequente deixará cicatrizes emocionais permanentes. É somente quando um homem e uma mulher desejam tornar-se um, não apenas verbal como também legalmente, assumindo responsabilidade por seu parceiro, que eles podem selar seu relacionamento através da união sexual. Em nenhuma outra área tem sido a moralidade cristã atacada como na área de sexo fora do casamento. A condenação bíblica de actos sexuais ilícitos é clara mas frequentemente ignorada com subterfúgios. Por exemplo, a fornicação é chamada sexo pré-marital, com a ênfase sobre o "pré". Adultério é chamado sexo "extramarital", não como um pecado contra a lei moral divina. A homossexualidade passa de uma perversão grave para "desvio" e "variação gay". Mais e mais, cristãos estão cedendo ao argumento especioso de que "o amor o justifica". Se um homem e uma mulher se amam profunda e genuinamente, é dito que eles têm o direito de expressar seu amor através da união sexual fora do casamento.
Alguns argúem que o sexo pré-marital libera as pessoas de suas inibições, dando-lhes a sensação de liberdade emocional. A verdade é que o sexo pré-marital aumenta a pressão emocional porque reduz o amor sexual a um nível puramente físico, sem o comprometimento total de duas pessoas casadas. Sexo é ao mesmo tempo procriativo e relacional. Até o começo de nosso século, os cristãos geralmente criam que a função primária do sexo era procriativa. Outras considerações, como os aspectos de união, relação e prazer do sexo eram vistos como secundários. No século XX a ordem foi invertida. De um ponto de vista bíblico, actividade sexual dentro do casamento é tanto procriativa como relacional. Como cristãos, precisamos recuperar e manter o equilíbrio bíblico entre estas duas funções do sexo. União sexual é um acto prazenteiro de participação perfeita que gera um sentimento de unidade ao mesmo tempo que oferece a possibilidade de trazer um novo ser ao mundo. Precisamos reconhecer que o sexo é uma dádiva divina que pode ser desfrutada legitimamente dentro do casamento. Paulo encoraja maridos e esposas a cumprirem seus deveres conjugais, porque seus corpos não lhes pertencem somente mas um ao outro. Portanto não deveriam privar um ao outro do sexo, excepto por acordo mútuo por algum tempo para se devotar à oração.
Depois deveriam se juntar de novo para que Satanás não os tente por causa da incontinência (I Coríntios 7:2-5; ver também Hebreus 13:4). O sexo permite ao homem e à mulher reflectirem a imagem de Deus participando em Sua actividade criativa. Na Bíblia, o sexo serve não somente para gerar uma unidade misteriosa de espírito, mas também oferece a possibilidade de trazer crianças a este mundo. "Sede fecundos, multiplicai-vos," diz o mandamento de Gênesis (Gênesis 1:28). Naturalmente, nem todos os casais podem ter ou são justificados em ter filhos. Velhice, infertilidade e enfermidades genéticas são alguns dos factores que tornam a geração de filhos impossível ou desaconselhada. Para a maioria dos casais, contudo, ter filhos é uma parte normal da vida conjugal. Isto não significa que todo acto de união sexual deva resultar em concepção. "Não fomos feitos para separar sexo da geração de filhos," escreve David Phypers, "e os que o fazem, de modo, de modo total e final, puramente por razões pessoais, estão certamente falhando quanto ao propósito divino para suas vidas. Correm o risco de que seu casamento e actividade sexual se tornem egoístas.
Só consideram sua própria satisfação, em vez de levar em conta a experiência criativa de trazer nova vida ao mundo, nutrindo-a para a maturidade."4 Procriação como parte da sexualidade humana traz à tona a importante questão de medidas anticoncepcionais. Será que o mandamento de ser fecundo e multiplicar significa que devemos deixar o planeamento familiar ao esmo? Não se encontra uma resposta explícita na Bíblia. Vimos que o sexo é tanto relacional como procriacional. O facto de que a função do sexo no casamento não é apenas de gerar filhos, mas também para expressar e experimentar amor mútuo e compromisso, implica a necessidade de certas limitações na função reprodutiva do sexo. Isto significa que a função relacional do sexo pode ser uma experiência dinâmica viável, se sua função reprodutiva for controlada. Isto nos leva a outra questão: Temos o direito de interferir com o ciclo reprodutivo estabelecido por Deus? A resposta histórica da Igreja Católica Romana tem sido um claro "NÃO"! A posição católica tem sido moderada pela encíclica Humanae Vitae (Julho 29, 1968), do Papa Paulo VI, que reconhece a moralidade da união sexual entre marido e mulher, mesmo se não visa a geração de filhos.5 A encíclica, embora condenando medidas anticoncepcionais artificiais, permite um método natural de controle de natalidade conhecido como o "método do ritmo". Este método consiste em limitar a união sexual aos períodos inférteis no ciclo menstrual da mulher.
A tentativa da Humanae Vitae de distinguir entre medidas anticoncepcionais "artificias" e "naturais", tornando a primeira imoral e a segunda moral, tem um ar de arbitrariedade. Tanto num caso como no outro, a inteligência humana impede a fertilização do ovo. O rejeitar como imoral o uso de medidas anticoncepcionais artificiais pode levar à rejeição do uso de qualquer vacina, hormónio ou medicamento que não é produzido naturalmente pelo corpo humano. "Como quaisquer outras invenções humanas," escreve David Phypers, "a prevenção de gravidez é moralmente neutra; o que importa é o que fazemos com ela. Se a usarmos para praticar sexo fora do casamento ou egoisticamente dentro do casamento, ou se por ela invadimos a privacidade do casamento de outros, podemos com efeito ser culpados de desobedecer à vontade de Deus e de perverter a relação matrimonial. Contudo, se a usarmos com o devido respeito à saúde e ao bem-estar de nossos parceiros e de nossas famílias, então pode aprimorar e fortalecer nosso casamento.
Pela prevenção de gravidez podemos proteger nosso casamento das tensões físicas, emocionais, económicas e psicológicas que poderiam advir de outras concepções, e ao mesmo tempo podemos usar o acto conjugal, reverente e amorosamente, para nos unir numa união duradoura."6 Conclusão . A sexualidade é parte da bela criação divina. Nada tem de pecaminoso. Contudo, como todas as dádivas de Deus aos seres humanos, o sexo caiu sob o plano satânico de desviar a humanidade da intenção divina. A função do sexo é de unir e procriar, dentro da relação de homem e mulher se unirem para formar "uma só carne". Quando esta relação é rompida, quando o sexo ocorre fora do casamento - tanto pré-marital como extramaritalmente - temos a violação do sétimo mandamento. E isto é pecado - pecado contra Deus, contra um ser humano e contra o próprio corpo. Mas a Bíblia não nos deixa sem esperança. Ela nos oferece a graça de Deus e o poder de vencer todo pecado que nos assedia, incluindo o pecado sexual. Embora pecados deixem marca na consciência e prejudiquem a outra pessoa, o arrependimento genuíno pode abrir a porta ao perdão divino.
Nenhum pecado é tão grande que a graça de Deus não possa curar e restaurar. Tudo que precisamos é buscar aquela graça, pois é ela que nos habilita a alcançar todo potencial que o Criador pôs dentro de nós. E isto se aplica também ao sexo.
Numa época em que a permissividade e a promiscuidade sexuais prevalecem, é imperativo para nós cristãos reafirmarmos nosso compromisso com o ponto de vista bíblico acerca do sexo como uma dádiva divina para ser desfrutada somente dentro do casamento. Tradução: Jaime D. Bezerra.